Rámen ou Lámen? O que é esse famoso prato 2 em 1?

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Você já ouviu falar sobre o rámen? O prato tem ganhado popularidade e atualmente é um dos mais novos queridinhos nos restaurantes mais badalados de São Paulo, sendo muito apreciado pelos mais diferentes paladares. Mas afinal, do que se trata o rámen e qual a sua origem? Vamos descobrir?

rámen também pode acabar sendo mencionado como lámen em alguns locais a depender da sua fonte de busca, consiste em um prato de origem chinesa que se popularizou muito em nosso país e sobre o qual eu quero que você conheça todas as principais características.

Conhecendo a origem do rámen 

rámen, lámen, lamien ou ainda lamian (essas das formas são as maneiras como originalmente o produto fora escrito para o português) consiste em uma invenção chinesa. Infelizmente, não se há registros sobre o período estimado em que o prato teria surgido.

Chegou ao Japão onde rapidamente se popularizou somente após a Segunda Guerra Mundial, pelas mãos dos próprios chineses em meados do século dezenove.

A história na qual o rámen se tornou popular no Japão chega a ser bem curiosa, para não dizer cinematográfica. Embora tenha chegado em meados do século dezenove ao Japão através dos chineses, somente se tornou popular no pós-guerra. Por causa da escassez de comida enfrentada pelos nativos do país.

Com a falta de alimentação suficiente para satisfazer toda a população, os Estados Unidos enviaram para o Japão toneladas de trigo. 

O governo japonês incentivou a população na produção e no consumo de macarrão de trigo, algo que não era comum para a população na época. Assim o rámen ou lámen progressivamente foi se popularizando por ser uma alternativa extremamente barata.

Na época, o rámen utilizava em sua composição o macarrão produzido com o trigo advindo dos Estados Unidos, legumes, e cortes desvalorizados da galinha, como pés e a própria carcaça em si, além de muito água.

Rámen ou Lámen? O que é esse famoso prato 2 em 1?

Mas afinal, se trata de rámen ou lámen?

No Brasil você possivelmente vai encontrar às duas nomeações para se referir ao mesmo prato. O fato é que a pronúncia de lamian em japonês se faz rámen e por isso acabou sendo feita a adoção de ambas as expressões para nos referirmos ao mesmo prato. Todavia, o mais correto seria de fato o uso da expressão rámen para o português falado e de lamian para o escrito.

Lámen se refere, sobretudo, ao processo de produção do referido prato chinês e não japonês, mas no final das contas ambos são bem semelhantes, um bowl (podemos ler aqui uma pequena tigela arredondada, se isso deixar mais fácil para que você visualize o prato), com o macarrão de trigo e muita água, como anteriormente fora feita. Essa água compõe o caldo característico do prato.

O tempero do seu dashi

Dashi consiste no nome dado ao caldo que compõe o rámen. Ele pode ser natural ou industrializado. E essa acaba sendo a grande divisão entre eles, alguns outros chefs propõem igualmente a divisão de dashi temperado com sal, com shoyo, e igualmente o dashi temperado com miso que seria uma mistura de pasta de soja e arroz fermentados. Mas o fato é que a questão vai muito além disso.

Há chefs japoneses que fazem seus caldos totalmente artesanais buscando enriquecê-los com legumes, shitake, kombu (um tipo de alga marinha), e por vezes ossos também. Enquanto outros optam pelo uso de produtos industrializados como realçadores de sabor, corantes e muita gordura.

Além dessa questão, os caldos também se dividem em caldos leves e caldos pesados. No caso dos caldos leves, igualmente denominados de caldos assari, eles são feitos com menor tempo de preparo e há uma predominância de legumes, algas e peixes, e são de fato caldos mais leves, claros e finos.

Os caldos pesados e grossos, denominados de kotteri, levam mais tempo para ficarem prontos e são efetivamente mais pesados, densos e com aspecto gelatinoso, igualmente possuem uma maior concentração de gorduras.

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Voltamos a questão do sal, shoyo, o do miso

Por fim, voltamos a questão do sal, do shoyo e do miso. Eles são unicamente o tempero do caldo e devem ser resumidos como os protagonistas do caldo. 

Após o caldo estar pronto, podendo ele ser natural ou industrializado, leve ou pesado, feito com a maior presença de legumes ou gordura vamos temperá-lo com sal, shoyo ou miso.

O sal se faz o tempero mais comum e tradicional, todavia, acaba sendo o menos utilizado, sobretudo, na China. O shoyo que faz muito sucesso por aqui acaba sendo um tempero bem utilizado nas cidades japonesas de Kanto e Tokyo.

Vale destacar que o shoyo consiste no mais popular molho de soja. O miso, por sua vez, é uma pasta de soja fermentada com arroz e tem o seu uso sido acrescido aos rámens progressivamente a pouco tempo. 

Seu uso se popularizou, sobretudo, na região da cidade de Hokkaido por suas baixas temperaturas. Sendo um excelente tempero para os rámens pesados por sua consistência mais grossa.

Os rámens pesados são boas opções para aquecer.

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O macarrão que integra o rámen 

Falei tanto do caldo e dos temperos que compõem o rámen, mas não poderia deixar de falar do macarrão, ou men que é igualmente importante para a receita. Ele consiste em uma massa feita de trigo e que se popularizou no pós-guerra com a doação do trigo norte-americano. Mas vamos ver mais algumas características dele?

Hoje existem muitos tipos de men em todo o Japão, mas ainda o mais comum e apreciado para o preparo do rámen se faz o macarrão feito apenas com três ingredientes simples, são eles o trigo, o sal e o kansui. O kansui consiste em uma água composta por carbonato de potássio e bicarbonato de sódio.

Por seu uso no refinamento em drogas, o carbonato de potássio não pode ser comprado pelo consumidor final no Brasil. Dessa forma, é um produto dificilmente encontrado em nosso país.  

Se você quiser conhecer a história de um dos maiores chef de Rámen do mundo, assista ao episódio do Ivan Orking na série Chefs Table da Netflix. Nele você pode conhecer um pouco mais sobre a vida de quem dedica a vida a esse prato.

Gostou de saber mais sobre o rámen? Então não deixe de acompanhar os demais artigos do blog, tenho muitas outras novidades para você!

Se a sua cozinha falasse, o que ela diria? Aqui eu digo tudo! MUITO PRAZER, sou a Cozinha que fala! #cuisinenopopulê

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